sábado, 26 de junho de 2010

Questões urbanas

Em uma tarde ensolarada, mas não muito quente, no inverno de algum ano (que se ainda não ficou estará perdido em breve), havia uma mulher e sua filha que precisavam resolver questões fora de casa.

Almoçaram, se arrumaram e partiram a fim de solucionar algumas questões e voltar para casa; a filha ainda teria outros compromissos naquele dia. Ao estacionarem no local desejado saltaram, fecharam o carro e rumaram ao local escolhido. Poucos instantes depois, após todas as pendências solucionadas voltaram para o local em que o automóvel estava estacionado. A mãe aperta o alarme do carro e a filha grita "manhê" já um pouco afastada.

Não era sequestro, não era assalto e nenhuma grande tragédia. Era simplesmente uma questão de humor. A mãe havia aberto a porta do carro, só havia um problema: o carro não era o dela! Dentro dele, sentada, uma desconhecida falava ao celular. Imagine a surpresa. Quieta e pasmática ela fechou a porta e apressadamente dirigiu-se ao auto a sua frente que era o seu. Abriu e sentou-se, pasma ainda. A filha estava contorcida de tanto rir da cena.

A história rendeu boas gargalhadas e vai ser comentada ainda por breve tempo, porque foi algo totalmente incomum que mamãe protagonizou!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Caminhada


Entre caminhos certos prefiros os incertos.

domingo, 13 de junho de 2010

Dia de diversão

Domingo pela manhã, dia de ir a banca de revistas, comprar histórias em quadrinhos da Mônica, Cascão, Magali e Cebolinha. Chico Bento não, ele fala errado!



- Mas manhê, o Cebolinha também fala.



- Só que o Cebolinha só troca o R pelo L. Isso você já aprendeu a diferenciar, não é mesmo?



Domingo pela manhã, dia de ler umas duas ou três revistinhas na banca enquanto mamãe escolhe as dela e ler as que foram compradas no caminho para casa. E foi assim que um dia surgiu algo curioso que chamou atenção. A Mônica queria encontrar a felicidade e ouviu que para ser feliz bastavam três coisas: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho.



Imediatamente ela plantou uma árvore, começou a escrever seu livro (sendo sempre atrapalhada pelos planos infalíveis do Cebolinha) e falou que o filho deixaria para mais tarde. Como leiga no assunto aquilo me levou a uma profunda indagação. Eu não era feliz. Nunca havia plantado sozinha uma árvore, nem escrito um livro e minhas filhas eram as bonecas. Desesperadamente corri a colocar caroço de feijão no algodão e jogar caroço de pitanga na terra para ver se algo brotava. Logo passei a outra tarefa; a do livro. Produzia em série, um após o outro, cada qual maior que o anterior (o maior nunca passou da quarta página). Aquele era o auge para mim, considerava-me já uma renomada escritora. Os filhos eu considerei as bonecas e pensei que quando fosse maior eu compensava.

Eu era feliz e com um doce sabor da infância.

Agora aos domingos de manhã eu lembro de tudo que fazia, mas já não tem o mesmo sabor que tinha quando eu era criança.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

desabafo

... esperei.

Se tem uma coisa que eu detesto como bailarina é o verbo esperar. Espero a hora do ensaio, espero a minha vez de ensaiar, espero o momento de entrar no palco e espero a minha vez de dançar. Esperarei. Existem mais alguns verbos marcantes em bons ou péssimos sentidos no ballet, mas o tal do esperar é cruel. E mesmo em relação a este verbo existe um momento que é a pior hora da espera ... o palco. Não tem coisa pior que você, bailarino (a), que aguarda anciosamente sua vez de dançar, esperar.
Apesar de tudo faz parte aguardar, aquecer, dançar, emocionar, acertar, errar, falhar, vibrar, torcer, amar, sentir, interpretar, encantar, voar, aplaudir, agradecer e realizar tudo aquilo que quem dança sabe que é rotina, assim como o verbo esperar.

... esperei. E continuarei esperando o tempo que for preciso; eu quero dançar!