quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Joyeux Noël

Véspera de Natal
todos fazem compras,
movimentam-se.

Vingt-quatre Décembre
presentes ainda são comprados;
outros embrulhados
é aquela típica correria
que marca,
estressa,
mas faz parte da data.

A ceia é preparada
enquanto as crianças ainda ajeitam a árvore
ou a pioram.
A comida enfim vai saindo
e o cheiro da noite começa a ser de uma noite especial.
Noite da família,
noite do menino Jesus.

....  Noël; Joyeux Noël

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tempo natalino

É tempo de férias, de celebrar
é tempo de festas, de comemorar;
é Natal!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Tempo que passa é passado Saudade?

Escrever sobre o amor é clichê, mesmo para aqueles que estão apaixonados. Este transforma-se em ódio, que não é bom de sentir; faz mal. Então evitando temas como esse resolvi divagar a respeito da saudade, essa palavra que é difícil de explicar, mas fácil de ser sentida; isto é, se você tem alguém (ou algo) a quem (ou ao qual) é apegado.
Sinto saudades do ontem, do agora e do depois.
Sinto saudades do passado e já do futuro.
Sinto saudades de cheiros, coisas e pessoas.
Sinto saudades, apenas isso.
Quando estava longe sentia falta do que estava aqui, das minhas origens, do meu aconchego. Agora estou aqui e vejo que muita coisa ficou por lá. Mas não só lá e sim por aí. Conversas espalhadas países afora, amigos que cresceram e tenho orgulho disso, muito. Dedico esse post a Bah e a Jeny, pessoas INCRÍVEIS que nunca imaginei conhecer, são verdadeiras irmãs que merecem muita sorte, sucesso e caminhos pela frente.
Carlos Drummond de Andrade resumiu em uma frase o que é esse sentimento ao dizer que "Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certas pessoas que passaram por ela".
Saiba que vocês (assim como tantos outros) fazem parte disso. Homenagem para as duas porque queria escrever, precisava de um tema e conversei um tempinho com a Bah hoje. Além do mais essa semana completei um ano de formatura com aquela turma odiada por uns e amada por nós mesmos!

Saudades!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sem resposta

Meu clima é de dança,
minha alma é artista;
meu coração jornalista.

É uma questão inquestionável,
um apego desapegado.

Eu danço porque a música toca
meu corpo, meu ser evoca;
escrevo porque meu ser clama
pela livre expressão
traduzida em linhas incertas;
ou certas.

Sou jornalista e além disso artista.

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Dançar é sentir, sentir é sofre, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"

A frase acima foi dita pela bailarina Isadora DuncanTodo mundo admira um grupo de pessoas. Para uns são determinados artistas, a outros jogadores e por aí vai. Sabem nomes, histórias e conhecem o trabalho da pessoa. Minha geração em geral admira os artistas (atores, cineastas, músicos, ...) e jogadores. Enquanto isso contemplo outro grupo, o das bailarinas e bailarinos clássicos.

Existem vários tipos de bailarinas: as grandiosas, as polêmicas, as competidoras, as artísticas, as "fisicudas", as quietas, as disciplinadas, as sorridentes, as tristes, as camponesas, as rainhas, as soberanas, as humildes, as estrelas e as trabalhadoras. Certo, existem muito mais, cada uma é diferente da outra, possui uma qualidade, defeitos e diferente dedicação. E aí surgem-me dois nomes iniciais; Marianela Nuñez e Svetlana Zakharova.

A primeira é argentina e começou a dançar aos três. Atualmente é solista da Royal, namora o brasileiro Thiago Soares e é conhecida por sua grande técnica e apresentação cênica em seus papéis. É um dos tipos que tem sim uma condição física favorável a dança clássica, mas além de tudo é artista, grande, disciplinada, humilde e trabalhadora. Chegou onde está por esforço próprio e após passar por algumas escolas conhecidas, como o Teatro Cólon e o Ballet de Havana.

Zakharova já faz o estilo "classicão", ou seja, aquela pessoa que os bailarinos classificam que nasceu para a dança. Ela tem as linhas ideais para o ballet. Nascida na Ucrânia estudou na escola de ballet de Kiev, ingressou no Teatro Mariinsky em 1996 e transferiu-se para o Bolshoi Ballet em 2003. Hoje ela dança para o Bolshoi e algumas vezes contratada por outras companhias ao redor do mundo. É esforçada tanto quanto Marianela, mas talvez tenha uma contribuição maior do físico, não tem uma presença cênica ruim, é quieta, disciplinada e um exemplo de rainha, por exemplo.

Marianela, Zakharova. Zakharova, Marianela, ambas bailarinas de diferentes métodos clássicos, porém com grandes carreiras. O diferencial nas duas não é nada físico, é algo chamado talento que as duas tem e de sobra. Talento esse que é contemplado com o esforço das aulas diárias, ensaios, apresentações, dedicação e disciplina. Na verdade essas são algumas das muitas palavras que toda bailarina deveria compreender. Não basta calçar uma sapatilha e sentir as dores e calos que ela proporciona. Bailarino tem que trabalhar, raciocinar e executar, não pode ser "burro".