sábado, 30 de julho de 2011

Atemporal

Um dia eu acabei em um lugar tranquilo, repleto de novas pessoas, experiências e aprendizado. Fui com a mente aberta e disposta a aprender e absorver o máximo possível e ainda mais um pouco além dele. Ganhei além do que eu poderia imaginar, vivi uma época incrível, realizei sonhos inimagináveis e conquistei amigos inesquecíveis; dancei. Fui além do que eu mesmo havia pensado em algum dia, era uma realização grandiosa e que não estava prevista em meus modestos planos; consegui.
Voltei para casa, violência, cidade mais agitada, dei adeus a muitas coisas e pessoas, foi difícil. Acostumei-me a uma rotina quase que mecânica e turbulenta, mas que eu não importava porque fazia tudo aquilo que mais queria e amava. Viajei, viajei e viajei ainda mais. Revi tudo aquilo que um dia amei e que estão em minhas mais memoráveis lembranças, ganhei outras imagens incríveis. Disse o segundo Adeus a tudo aquilo que já havia deixado para trás a um ano e meio; foi pior que o primeiro. Espero, contudo, que essa despedida seja como a primeira: um "breve" até logo e que possamos nos reencontrar rapidamente.

"Vim só dar despedida" encaixa-se, portanto, como a música de nossa partida. Nos lembra épocas fantásticas e ao mesmo tempo a partida. É o ontem, hoje e o amanhã encontrando-se rumo a novos caminhos. Saudades.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vem pro Festival dançar


Após mais um ensaio.´Era dia de festa!
 
Expectativa. Palavra que sempre está presente no vocabulário de uma bailarina, por estarem sempre preparadas para algum novo desafio. É um dos empenhos que leva a uma rotina diária, sem férias, feriados ou sem pensar na palavra descanso. Nada disso importa. Ainda mais quando se está em um palco. Não há somente uma sensação que descreva o que é esse momento de ultrapassar as coxias, talvez nem palavra exista; somente o sentimento.
É em busca dessas emoções que voaremos. Um dos maiores Festivais de dança do mundo é realizado anualmente aqui no Brasil, em Joinville, Santa Catarina. Para participar é preciso enviar um DVD com o trabalho e aguardar a lista dos selecionados, divulgada em torno de maio ou junho. Existem diversas modalidades, categorias e formas de apresentação. Pode-se dançar no chamado palco principal, no Centreventos, nos chamados Palcos Alternativos, que são espaços espalhados pela cidade para promover a integração e aproximação da dança com o público e no festival meia ponta, que é a competição dos menores de 12 anos realizada no Teatro Juarez Machado, ao lado do Centreventos.
São milhares de bailarinos do país e de fora dele que buscam o aperfeiçoamento e a visão de como anda a dança. É um grande aprendizado. Entretanto, apesar de tanta seleção, acontecem casos em que coreografias não tão fortes acabam passando, mas faz parte; estamos no mundo da dança e no Brasil!
Desejos, da escola Espaço da Dança, representará, junto com outros dois solos e uma variação do Balé da Ilha, o estado no palco principal. No festival meia ponta outros talentos do Espaço da Dança terão a oportunidade de se apresentar. É mais uma dentre tantas conquistas que a dança já proporcionou ao Espírito Santo e ainda é algo considerado distante do público capixaba. Malas prontas, expectativa na medida certa, ensaios, ensaios, ensaios e MUITA disposição; vamos embora turma, vamos dançar!

Boa sorte pra gente, vamos dançar!

"Dança Joinville, dança o meu coração
a vida é um palco, movimento, emoção.
As flores da cidade vão dançar com você
vem pra Joinville, nós queremos te ver!
Pra dançar, dançar, dançar e ser feliz festival de emoções do meu país"

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sociedade "Pensante"

Aceito doações ou empréstimo de livros. Ontem acabei de reler "As memórias do livro", de Geraldine Brooks, um bom livro para aqueles que curtem ficção envolvida com parte histórica. Posso dizer que compreendi um pouco o trabalho de um restaurador de livros. Não sei porque toda vez que leio esse livro descubro algum ponto interessante que acaba me chamando mais atenção na leitura.
Com esse texto, Brooks ganhou o prêmio Pulitzer (concedido pela Universidade da Columbia), mesclando história e romance ao longo de diversos cenários. Vale a pena ler caso você tenha tempo para essa leitura, mas não está no ranking dos melhores livros que já li (e olha que a lista é bem gorda).
E volto a frisar que aceito um empréstimo de livros. Sou movida por eles e férias, bem, férias serve para curtir. Nada melhor que apreciar uma, duas, três e muitas leituras nas férias!

ps.: é essa semana!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ex-petáculo?

Se o Espírito Santo outrora era conhecida como terra em que não havia uma produção artística forte na área da dança, hoje o cenário mudou. Os grupos capixabas (cias e escolas) ganharam repercussão e destaque nacional. Foram tantos benefícios e prêmios nos últimos anos que é impossível citar. Não falo apenas da escola da qual faço parte, falo de muitas que já mandaram bailarinos para fora, que já se apresentaram além das fronteiras capixabas, falo das cias que lotam teatros, ainda que não sejam incentivadas para isso.
A grande questão é que falta uma questão principal: o incentivo. E não é somente o financeiro, mas o de prestígio. Não há um teatro decente, que abrigue uma companhia capixaba; que vergonha! Sobram recursos para a corrupção e faltam para uma cultura. Isso obriga uma limitação dos bailarinos que, por não poderem crescer em seu estado, acabam optando pela mudança. Os que voltam retornam repletos de animação e esperança, mas acabam acostumados e encarando a mesma rotina de quando partiram. Não há espaço para a dança, ela é sufocada e cresce somente quando esquecem de fechar lacunas.
Que o Festival de Dança, ocorrido no último final de semana, tenha servido de exemplo para as pessoas. As cias profissionais de outros estados serviram para animar e afirmar que o Espírito Santo tem público para prestigiar os espetáculos; a grande vitória pode sim ser um reduto dessa arte. Não acompanhei tão profundamente todos os espetáculos, mas aquele que presenciei mostrou que a dança ainda é uma forma de expressão e por isso é chamada de arte.

ps.: 1 semana para o Festival de Dança de Joinville!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Embalo

Novos preparativos. Ensaia, briga, brinca, tudo faz parte da dança e a dança faz parte do amor. Não adianta, vem bolhas, saem unhas, mas a gente continua. As dores, que por alguns instantes parecem não existir, voltam porque o trabalho é duro, árduo, diário. O importante é bailar e sentir!