Muitas pessoas tem um vício.
Algumas de chocolate, cigarros, bebidas, carros, dinheiro. Eu também tenho os
meus. Sou apaixonada por séries, aquelas americanas, britânicas, espanholas e
todas as outras que possam ser simplesmente geniais. Não sei o que me faz
grudar em uma série, na verdade nunca nem parei para pensar nesse pequeno
detalhe. Só tenho o conhecimento que quando começo despretensiosamente a
assistir uma série, sempre falo comigo que já tenho episódios demais para
acompanhar e que aquela ali é só mais um passatempo entre as “final seasons”
entre uma temporada e outra; pura ilusão.
Sabe qual a sensação de começar
uma história, identificar-se com algum dos personagens ou mesmo com o enredo?
Acha aquilo tudo muito surreal e ao mesmo tempo emocionante? Então bem vindo(a)
ao time dos aficionados por séries. Aquelas produções que muitos comparam as
novelas – um desrespeito. São episódios independentes, ou não, que geralmente
mantém um núcleo central mais restrito e tem uma preparação e riqueza de
detalhes muito maior que os folhetins brasileiros a que estamos acostumados.
Ser viciado em seriados significa esperar arduamente cada lançamento, spoiler,
promo, além de sofrer no período de abstenção – entre uma temporada e a
próxima. Quer gosto pior do que saber, por exemplo, que aquela pode ser a
última?
Tantos episódios já passaram pelo
meu intenso acompanhamento. Inúmeros outros eu assisti “só de passagem”, não me
identifiquei. O problema é quando eu gosto da coisa; vicio. Vejo títulos que
diversas pessoas nem conhecem, são retardados, infantis, não mereceriam atenção
de ninguém, mas e daí? Eu gosto, eu não ligo. Existem tantos vícios maléficos,
considero esse uma espécie de autoajuda. Por causa dos seriados passei a estar
imersa em outra língua, obrigando-me por diversas vezes a entender sem legenda
o episódio inteiro – era isso ou esperar lançarem a legenda.
Então alguém me pergunta: “mas a
quantas você acompanha?”. E sou obrigada a responder que não tenho a menor
ideia. É sério. Tudo que sei é que existe uma lista que vou baixando e
deliciando-me em todos os momentos livres que tenho, e diga-se de passagem que
são raríssimos com a faculdade, o namorado, as saídas e minhas outras paixões
que são a dança e os livros. Acredite que para um viciado tudo é possível e
válido e sempre há espaço na agenda para mais um episódio.
Eu confessei que sou uma viciada.
Já baixei até seriados que haviam terminado somente para meu deleite. A história
mais épica foi assistir desde o primeiro episódio de ER, iniciado quando eu
ainda era uma criança, até chegar na 13ª temporada, quando realmente consegui
pegar o final da série. Hoje rio só de pensar o quanto me encantei com Abby ou
Luka em seus mais diversos momentos. Ano passado despedi-me de House, que
marcou meu Ensino Médio e por algum tempo foi um dos poucos títulos que
acompanhava. Nada como doenças inimagináveis e enigmáticas, não havia o
impossível para Gregory House. Após a saída da Cuddy decepcionei-me com todo o
enredo e a história perdeu fundamento, entretanto lá estava eu a acompanhar a
cada semana até o último, e lastimável episódio. A sorte é que os bons momentos
do médico e de sua equipe superaram as duas terríveis últimas temporadas na
minha opinião.
Semana passada um novo adeus.
Gossip Girl me pegou desprevenida, o estilo de série que eu abominava, porém
quando parei e resolvi superar meus preconceitos iniciais digo que calei minha
boca. Ao contrário de House, um desfecho fantástico e muito melhor que os
episódios iniciais. Em altos e baixos de seis temporadas, não foi de longe a
melhor, contudo merece bons elogios, principalmente quando se trata de quem
estava por trás da Gossip Girl, XoXo.
Pasmem ou não tem muitas outras
em minha listinha que prefiro não comentar para evitar preconceitos ou
julgamentos. Digo apenas que elas incluem desde séries policiais até médicas e
adolescentes, vale de tudo – ou quase isso.
Esse foi meu vício confessado. E
você, quais os seus vícios?


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