domingo, 5 de dezembro de 2010

"Dançar é sentir, sentir é sofre, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"

A frase acima foi dita pela bailarina Isadora DuncanTodo mundo admira um grupo de pessoas. Para uns são determinados artistas, a outros jogadores e por aí vai. Sabem nomes, histórias e conhecem o trabalho da pessoa. Minha geração em geral admira os artistas (atores, cineastas, músicos, ...) e jogadores. Enquanto isso contemplo outro grupo, o das bailarinas e bailarinos clássicos.

Existem vários tipos de bailarinas: as grandiosas, as polêmicas, as competidoras, as artísticas, as "fisicudas", as quietas, as disciplinadas, as sorridentes, as tristes, as camponesas, as rainhas, as soberanas, as humildes, as estrelas e as trabalhadoras. Certo, existem muito mais, cada uma é diferente da outra, possui uma qualidade, defeitos e diferente dedicação. E aí surgem-me dois nomes iniciais; Marianela Nuñez e Svetlana Zakharova.

A primeira é argentina e começou a dançar aos três. Atualmente é solista da Royal, namora o brasileiro Thiago Soares e é conhecida por sua grande técnica e apresentação cênica em seus papéis. É um dos tipos que tem sim uma condição física favorável a dança clássica, mas além de tudo é artista, grande, disciplinada, humilde e trabalhadora. Chegou onde está por esforço próprio e após passar por algumas escolas conhecidas, como o Teatro Cólon e o Ballet de Havana.

Zakharova já faz o estilo "classicão", ou seja, aquela pessoa que os bailarinos classificam que nasceu para a dança. Ela tem as linhas ideais para o ballet. Nascida na Ucrânia estudou na escola de ballet de Kiev, ingressou no Teatro Mariinsky em 1996 e transferiu-se para o Bolshoi Ballet em 2003. Hoje ela dança para o Bolshoi e algumas vezes contratada por outras companhias ao redor do mundo. É esforçada tanto quanto Marianela, mas talvez tenha uma contribuição maior do físico, não tem uma presença cênica ruim, é quieta, disciplinada e um exemplo de rainha, por exemplo.

Marianela, Zakharova. Zakharova, Marianela, ambas bailarinas de diferentes métodos clássicos, porém com grandes carreiras. O diferencial nas duas não é nada físico, é algo chamado talento que as duas tem e de sobra. Talento esse que é contemplado com o esforço das aulas diárias, ensaios, apresentações, dedicação e disciplina. Na verdade essas são algumas das muitas palavras que toda bailarina deveria compreender. Não basta calçar uma sapatilha e sentir as dores e calos que ela proporciona. Bailarino tem que trabalhar, raciocinar e executar, não pode ser "burro".

2 comentários:

Unknown disse...

Interessante, mas eu prefiro uma outra que você não citou: Izabelly Possatto, conhece?

Luiza disse...

Parabéns pelo blog! Adorei a ideia!
*Nossa! Olha o colo de pé da nossa amiga da foto :OOOO*