terça-feira, 12 de julho de 2011

Ex-petáculo?

Se o Espírito Santo outrora era conhecida como terra em que não havia uma produção artística forte na área da dança, hoje o cenário mudou. Os grupos capixabas (cias e escolas) ganharam repercussão e destaque nacional. Foram tantos benefícios e prêmios nos últimos anos que é impossível citar. Não falo apenas da escola da qual faço parte, falo de muitas que já mandaram bailarinos para fora, que já se apresentaram além das fronteiras capixabas, falo das cias que lotam teatros, ainda que não sejam incentivadas para isso.
A grande questão é que falta uma questão principal: o incentivo. E não é somente o financeiro, mas o de prestígio. Não há um teatro decente, que abrigue uma companhia capixaba; que vergonha! Sobram recursos para a corrupção e faltam para uma cultura. Isso obriga uma limitação dos bailarinos que, por não poderem crescer em seu estado, acabam optando pela mudança. Os que voltam retornam repletos de animação e esperança, mas acabam acostumados e encarando a mesma rotina de quando partiram. Não há espaço para a dança, ela é sufocada e cresce somente quando esquecem de fechar lacunas.
Que o Festival de Dança, ocorrido no último final de semana, tenha servido de exemplo para as pessoas. As cias profissionais de outros estados serviram para animar e afirmar que o Espírito Santo tem público para prestigiar os espetáculos; a grande vitória pode sim ser um reduto dessa arte. Não acompanhei tão profundamente todos os espetáculos, mas aquele que presenciei mostrou que a dança ainda é uma forma de expressão e por isso é chamada de arte.

ps.: 1 semana para o Festival de Dança de Joinville!

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