domingo, 13 de junho de 2010

Dia de diversão

Domingo pela manhã, dia de ir a banca de revistas, comprar histórias em quadrinhos da Mônica, Cascão, Magali e Cebolinha. Chico Bento não, ele fala errado!



- Mas manhê, o Cebolinha também fala.



- Só que o Cebolinha só troca o R pelo L. Isso você já aprendeu a diferenciar, não é mesmo?



Domingo pela manhã, dia de ler umas duas ou três revistinhas na banca enquanto mamãe escolhe as dela e ler as que foram compradas no caminho para casa. E foi assim que um dia surgiu algo curioso que chamou atenção. A Mônica queria encontrar a felicidade e ouviu que para ser feliz bastavam três coisas: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho.



Imediatamente ela plantou uma árvore, começou a escrever seu livro (sendo sempre atrapalhada pelos planos infalíveis do Cebolinha) e falou que o filho deixaria para mais tarde. Como leiga no assunto aquilo me levou a uma profunda indagação. Eu não era feliz. Nunca havia plantado sozinha uma árvore, nem escrito um livro e minhas filhas eram as bonecas. Desesperadamente corri a colocar caroço de feijão no algodão e jogar caroço de pitanga na terra para ver se algo brotava. Logo passei a outra tarefa; a do livro. Produzia em série, um após o outro, cada qual maior que o anterior (o maior nunca passou da quarta página). Aquele era o auge para mim, considerava-me já uma renomada escritora. Os filhos eu considerei as bonecas e pensei que quando fosse maior eu compensava.

Eu era feliz e com um doce sabor da infância.

Agora aos domingos de manhã eu lembro de tudo que fazia, mas já não tem o mesmo sabor que tinha quando eu era criança.

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