quinta-feira, 7 de outubro de 2010

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O fim da tarde chega; de forma lenta, quase que arrastada. Despediu-se da avó com pressa e correu para a rua. Coração na boca, loja a vista e... opa! Seus amigos da escola estavam reunidos em frente ao local. Como entrar lá sem ser questionada? Impossível. Sua visita precisaria aguardar até a próxima saída. Passou por ali com o olhar atento, cumprimentou a todos, inclusive o Sávio, um menino chato que só a chamava de criança e fazia de sua principal meta implicar com ela e entrou em casa; sem olhada alguma para a loja.
Os pais já haviam voltado do trabalho. Ela toma banho, coloca sua roupa da sorte (uma blusa verde de florzinha com um short jeans) e toma iniciativa e coragem para falar com a mãe. Aproveitando a distração do pai com a TV a menina falou o sonho de consumo para a mãe, omitindo a parte que seria seu ‘derradeiro capricho’. Como sempre maternal a mãezinha colocou a mesa e serviu seu maravilhoso jantar, lavou a louça e foi contar a história que fazia a criança dormir. Mal sabia a pequena que naquela mesma noite o pai ficaria ciente do presente e acharia graça, não por causa da boneca, mas sim devido ao temor da filha de confessar a ele o que ia querer de aniversário.

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